Portugal tem eleições antecipadas para 30 de janeiro de 2022

Marcelo Rebelo de Sousa

Marcelo Rebelo de Sousa, presidente de Portugal Source: AAP Image/EPA/MARIO CRUZ

As pesquisas dão continuação de maioria da esquerda (PS, BE, PCP) que está desavinda. Confira na crônica desta semana do correspondente do Programa Português da Rádio SBS em Lisboa, Francisco Sena Santos.


O presidente Marcelo Rebelo de Sousa decidiu que é hora de ouvir o povo e marcou eleições legislativas para 30 de janeiro.

Marcelo Rebelo de Sousa, colocado no olho do furacão com o deflagrar de uma crise política por um imprevisto chumbo do Orçamento do Estado para 2022, num quadro partidário instável, com as esquerdas desavindas e com os partidos mais à direita envolvidos em disputas internas de liderança, decidiu anunciar a dissolução da Assembleia da República, que só será efetiva lá para final do mês, e consequente marcação das eleições legislativas antecipadas para 30 de janeiro.

Todavia, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa arrisca que das urnas saiam resultados em muito idênticos aos verificados em 2015 e que, no essencial, se mantenha a actual correlação de forças no Parlamento.


Diferentes pesquisas de opinião neste fim de semana mostram a mesma tendência: sem que nenhum partido consiga, isoladamente, assegurar a estabilidade governativa por não dispor de maioria absoluta, observa-se que, em conjunto, as forças de esquerda (PS, BE e CDU) que em 2015 deram origem à chamada “geringonça” continuam a ser majoritárias na sondagem.


O PS mante-se na frente com 39% das intenções de voto, depois o PSD cerca dos 30%. Todos os outros partidos abaixo dos 8%. Bloco de Esquerda e o partido Chega disputam o 3º lugar com entre 7 e 8º; no 5º lugar, ao PCP juntam-se o novo partido Iniciativa Liberal e também o Partido dos Animais e Natureza.


O CDS/PP em funda crise interna cai para a quase irrelevância com entre 1 e 2% das intenções de voto.


Tanto o CDS como o PSD ainda vão decidir nos próximos dias quem vai conduzir o partido às eleições.


No PSD, a liderança de Rui Rio é desafiada pelo euro-deputado Paulo Rangel.


No CDS, Francisco Rodrigues dos Santos é desafiado pelo também euro-deputado Nuno Melo.


Confirmado está que o PS reapresenta o atual primeiro-ministro, António Costa.


O falhanço dos estudos de opinião na eleição municipal em Lisboa em setembro passado leva a que agora todas as partes mostrem grande prudência em relação ao resultado.

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